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Economia e Finanças

Terça-Feira, Dia 31 de Outubro de 2023 as 14:10:32



CNI: Indústria de transformação perde dinamismo em setembro


 
Indústria de transformação perde dinamismo em setembro, aponta CNI
Faturamento, horas trabalhadas e utilização da capacidade caíram
 
Pesquisa mensal da CNI Confederação Nacional da Indústria aponta para a perda de dinamismo da atividade da indústria de transformação na passagem de agosto para setembro.
 
De acordo com os Indicadores Industriais, o faturamento real do setor caiu 0,5% no período, as horas trabalhadas recuaram 1% e a utilização da capacidade instalada manteve tendência de queda, com redução de 0,3 ponto percentual de um mês para o outro.
 
Para a entidade, os juros altos seguem como um importante fator de desaceleração da indústria.
 
“Apesar do início dos cortes da taxa básica de juros, ela permanece exercendo um papel restritivo sobre a economia, contribuindo para um ambiente de crédito bastante desfavorável”,
 
explicou a economista da CNI Larissa Nocko.
 
“Esperamos uma redução das concessões de crédito às empresas neste ano, em termos reais, e um crescimento fraco das concessões aos consumidores, o que já vem repercutindo sobre uma demanda bastante enfraquecida”,
 
afirmou.
 
Nesta 3ª feira, 31.10, o COPOM Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC) inicia a sétima reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. No encontro, que termina na quarta-feira (1°), a expectativa é que o órgão reduza a taxa dos atuais 12,75% ao ano para 12,25% ao ano.
 
Este deverá ser o terceiro corte desde agosto. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.
 
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.
 
Ao reduzir a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
 
Dados da indústria
 
Durante o ano, o faturamento da indústria intercalou altas e baixas, mas, segundo a CNI, o terceiro trimestre indica que a trajetória é de queda. Na comparação com setembro de 2022, o indicador apresenta redução de 1,4%. As horas trabalhadas registraram o quarto mês sem avanços e, na comparação com o mesmo mês do ano passado, teve recuo de 3,5%.
 
Com o recuo no mês, a UCI Utilização da Capacidade Instalada da indústria de transformação alcançou 78,1% em setembro. Na comparação com setembro de 2022, a redução foi de 2,8 pontos percentuais.
 
“O resultado mostra continuidade da tendência de queda observada na série desde 2021”,
 
avalia a CNI.
 
Já o emprego registrou estabilidade em setembro, com variação negativa de 0,1%. Desde o mês de maio, esse indicador vem alternando entre meses de estabilidade e queda.
 
“Após avançar de forma expressiva em 2021 e 2022, o indicador tem confirmado a perda dinamismo no período recente, como se verifica nos outros indicadores de atividade industrial”,
 
avalia a CNI.
 
Por outro lado, a massa salarial e o rendimento médio do trabalho seguem em trajetória de crescimento.
 
O rendimento médio real apresentou crescimento de 1,6% em setembro, na comparação com o mês anterior. De acordo com a pesquisa, ao longo deste ano, o indicador também alternou entre avanços e quedas, no entanto, com as altas mais intensas que os recuos.
 
Setembro é o segundo mês consecutivo de crescimento do rendimento, que acumulou avanço de 2,7% no ano, atingindo o ponto mais alto do ano. Na comparação com setembro de 2022, o indicador apresenta crescimento de 2,8%.
 
No caso da massa salarial real da indústria de transformação, houve crescimento de 1,5% em setembro na comparação com agosto, compondo uma trajetória de crescimento. Em relação a setembro de 2022, o avanço foi de 3,1%.


Fonte: AGENCIA BRASIL.





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