O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse acreditar que qualquer que seja o governo em 2015 deverá perseguir a meta de superávit primário do Projeto de LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias enviado ao Congresso Nacional nesta 3ª feira, 15.04. O superávit primário é a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública.
“É claro que há algum grau de imponderabilidade, mas nós consideramos que qualquer governo que estiver no exercício deverá considerar a trajetória de responsabilidade em relação ao superávit primário”,
argumentou.
Para o ministro, há recuperação inquestionável do crescimento da economia internacional. Ele lembra as conclusões do encontro do FMI e do Banco Mundial no último final de semana em Washington. Segundo o ministro, a percepção dos participantes foi de melhora nos rumos da economia e superação da crise.
Para Guido Mantega, se o PIB for superior a 3%, índice considerado realista por ele, o governo elevará a meta de superávit primário estimada em 2,5% do PIB. Ele garantiu que será mantido rigoroso controle das despesas.
Além disso, destacou, existe um processo de redução de subsídios, cuja trajetória será mantida. Para ele, com medidas desse tipo, a dívida pública será reduzida, dando mais solidez aos fundamentos econômicos.
Sobre as taxa básica de juros (SELIC), atualmente em 11% ao ano, ele concordou que é elevada, mas destacou que é assim que o Banco Central combate a inflação.
“O que o Banco Central está fazendo é adequado. Sobre câmbio é difícil prever. Usamos R$ 2,40 no final do período [dezembro]. Mas isso não é objetivo a ser alcançado. É só referência para podermos fazer os cálculos do governo”,
explicou.